A ESPERA INÚTIL
Abro a janela, sob um véu de luz...
Aspiro a noite calma e matizada...
Quase inebria… Quase me seduz
o vago cheiro de uma flor soprada…
Olho a cidade... Um prisma que reluz
o místico glamour da madrugada...
Visão emoldurada em ramos nus,
rolando folhas mortas na calçada...
Vão pétalas também... Branca... Amarela...
Sujos pedaços do luar que vela...
Segredos que só as noites vãs contêm...
E vão sombras... Poeira...Tom ligeiro...
Enquanto, sob a luz do lampadeiro,
espero ainda aparecer alguém...
(Paulo Mauricio G. Silva)
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